terça-feira, 13 de maio de 2008

O resgate XIII

Enquanto desciam a montanha uma onda de pessimismo invadiu a cabeça de todos, afinal, aquele era o lugar mais provável para o castelo de Askar, onde a princesa Kamira deveria estar, foi quando começou a chover e eles entraram em uma caverna, dentro da montanha para se abrigarem.

A caverna era bem comum e pequena, não havia nada de anormal nela, a não ser um ponto onde Binlamano tropeçou mas não havia visto no que era, isso intrigou demais a Fenol e a Helsing, então os três ficaram quase uma hora tateando o chão da caverna até achar algo, foi quando Helsing encontrou.

Tinha o peso e a aspereza de uma pedra bem polida, porém empoeirada, tinha partes lascadas, mas não eram falhas, era como se algo estivesse escrito na pedra, tateando o objeto invisível, Fenol percebeu que o formato era o mesmo que o da sua rocha onde explicara os poderes do raio, que Fenol ainda praticava diariamente. Ao comunicar isso para os companheiros, eles deram a Fenol a idéia de tocar o objeto com o cajado, foi o que ele fez. Tocou a ponta do cajado na pedra e nada aconteceu, foi aí que Helsing, impaciente fez um pequeno furo no braço e tocou a ponta de sua adaga, suja de sangue na pedra, e passou-a por todo o objeto, na esperança de vê-lo pintado, puderam ver por um segundo, mas não conseguiram por mais tempo que esse.

Ficaram horas pensando e elaborando mil maneiras deixar a pedra visível, quando Fenol, nervoso deu um soco em uma pedra, que acabou fazendo um pequeno corte em sua mão, ele segurou-a e logo depois, com a mão que estava boa ele segurou a pedra para tentar entende-la pelo tato, foi quando a pedra começou a ficar visível, era igual a pedra do raio, porém as letras desta eram vermelhas e diziam:

“Esta pedra só será desenfeitiçada por um mago de bom coração que sacrificará de seu próprio sangue em prol de uma causa nobre, aqui está contido o encanto da revelação, visto que existem várias coisas disfarçadas neste reino, abaixo segue o passo a passo de como tirar os disfarces mágicos dos objetos...”

Ao verem isso ficaram felizes, Fenol leu atentamente a todo o feitiço e começou a praticar assim que desceram a montanha, treinara diariamente o feitiço e não havia obtido êxito em momento algum, até que uma hora, treinando, apontou para um canto qualquer da ilha, onde só havia mato e lançou o feitiço, foi quando um castelo de frente para a praia apareceu, aos poucos, pois estava deixando de ser invisível. Foi quando Fenol, emocionado disse:

_Consegui!

_Encontramos – disse Helsing – hora de resgatarmos a princesa Kamira antes que seja tarde demais.

_ Então vamos! Disse Binlamano.


E caminharam na direção do castelo.

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