Constantes eram os dias em que se tornava presente à alteração das vozes, fazia ecoar pelas paredes finas e acordar sua mãe na casa da frente. Como era desagradável ouvir a voz daquela velha dizendo o quanto eu era vagabundo. Pior era quando seu pai resolvia intrometer e mostrar que andava armado.
“Enfia esse 38 no seu cu, velho safado”. Varias vezes senti vontade de falar isso. Mas... A coragem faltava, ainda mais lidando com soldado aposentado por invalidez . Sei lá se tem algum trauminha ali.
Domingo era o dia, Faustão na TV, cachorro doente e correria pra achar algum veterinário barato de plantão. Chato era ter que enterrar, mas o bicho não morria nem com reza brava, herança da sua família né? Naipe: “Vazo ruim não quebra”!
Você reclamando que queria voltar pra escola e terminar a 4ª serie, pois o emprego de faxina estava pesado, ainda mais você com seus 150 quilos. Com o ensino fundamental poderia achar algo melhor.
Eu entregando marmitas e levando o de comer pra casa. Era bom o emprego no “Espeto do Gato”. Carteira assinada e direito a 15 dias de férias por ano, sem contar nas inumeras marmitas que tirei a nossa parte pro almoço. Já era arte tirar parte do arroz sem ninguém perceber. É os pedaços de carne? Era só cobrir com caldo de feijão que ninguém sentia falta! Dificil era quando não tinha feijão e o seu Néca começou a economizar nos caldos. Pareciam água.
Como éramos felizes. Como nossa vida era boa. Agora eu aqui nesse barraco olhando sua foto e querendo voltar ao tempo. Voltar naquele mesmo instante em que olhaste Pedrão com uma certa cobiça ai eu começaria a te dar valor!
Como não pude ver que o que faltou em nossas vidas era apenas... AMOR!
Ainda te espero Môzão.
P.S: A TV já está consertada e agora pega Gugu e Raul Gil. Junto com ela aqueles filminhos que gostávamos de ver juntinhos no colchonete do cachorro Negão. Que por sinal, morreu!
“Enfia esse 38 no seu cu, velho safado”. Varias vezes senti vontade de falar isso. Mas... A coragem faltava, ainda mais lidando com soldado aposentado por invalidez . Sei lá se tem algum trauminha ali.
Domingo era o dia, Faustão na TV, cachorro doente e correria pra achar algum veterinário barato de plantão. Chato era ter que enterrar, mas o bicho não morria nem com reza brava, herança da sua família né? Naipe: “Vazo ruim não quebra”!
Você reclamando que queria voltar pra escola e terminar a 4ª serie, pois o emprego de faxina estava pesado, ainda mais você com seus 150 quilos. Com o ensino fundamental poderia achar algo melhor.
Eu entregando marmitas e levando o de comer pra casa. Era bom o emprego no “Espeto do Gato”. Carteira assinada e direito a 15 dias de férias por ano, sem contar nas inumeras marmitas que tirei a nossa parte pro almoço. Já era arte tirar parte do arroz sem ninguém perceber. É os pedaços de carne? Era só cobrir com caldo de feijão que ninguém sentia falta! Dificil era quando não tinha feijão e o seu Néca começou a economizar nos caldos. Pareciam água.
Como éramos felizes. Como nossa vida era boa. Agora eu aqui nesse barraco olhando sua foto e querendo voltar ao tempo. Voltar naquele mesmo instante em que olhaste Pedrão com uma certa cobiça ai eu começaria a te dar valor!
Como não pude ver que o que faltou em nossas vidas era apenas... AMOR!
Ainda te espero Môzão.
P.S: A TV já está consertada e agora pega Gugu e Raul Gil. Junto com ela aqueles filminhos que gostávamos de ver juntinhos no colchonete do cachorro Negão. Que por sinal, morreu!
6 comentários:
Iuahiahiahahiaihiahia!!!
Pois é, que pena que o ser humano tem que perder pra aprender a dar valor, né...
"Chato era ter que enterrar..." Muito boa!
Éééé gordão!!!!
é bom para se refletir com isso!!!
auhahuauhahu
Muito bom, Carlim! Me lembrou aqueles escritorzões lá da Bahia.
Boa mesmo, rapaz!
hahahahahhahahahhahahhaha!
caraca, muito dez carlos,
hahahahahahahahha
massa demais!!
a melhor!!!
hahahahahhaha,
li de novo,
dez meu, dez!!!!!!
Yeahahahahahaha! Caracas! Quase explodo de rir, fodástico mesmo. Do tipo que faz lágrimas irracionais brotarem de nossos olhos emocionados.
Por muitas vezes a gente quer se livrar de uma coisa e ela não vai "nem com reza brava" Acho q eh braBa :P mas td bem, o pior é ter q encarar a velha máxima: era feliz e num sabia, pois é...
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