José era um homem calmo na maior parte do tempo, gostava de sair com os amigos nos finais de semana e nas sextas-feiras após o seu período de trabalho. Mas após aquele dia a sua vida nunca mais seria a mesma.
José saíra no horário de costume, cultivando os hábitos que adquirira com o tempo, era quase um ritual: Saía de seu escritório, passava pelo corredor, descia no elevador, cumprimentava a recepcionista e ia para casa (ou bar, se fosse sexta).
José saiu de seu escritório, e quando passava pelo corredor, viu uma placa “Cuidado, piso molhado”, e começou a pensar o que a placa fazia ali, já que os faxineiros costumavam passar ali de manhã e já eram 20:00 horas, fez outro caminho e quando chegou no elevador, entrou normalmente nele, o elevador travara. José conseguiu comunicar-se com a manutenção do prédio onde trabalha, depois de muito tempo, e conseguiu sair do elevador, porém foi obrigado a descer pelas escadas, já que a manutenção demoraria mais tempo ainda para terminar o conserto do elevador.
Ao chegar na recepção, já nervoso, despediu-se da recepcionista, como de costume e foi até o seu carro, foi aí que ele percebeu que esquecera as chaves. Voltou ao escritório à procura das chaves e quando chegou ao corredor, deparou-se com uma porta fechada, o que revoltou José, pois ele não poderia entrar em seu escritório graças ao obstáculo que encontrou inesperadamente.
Desceu as escadas com raiva, e encontrou os homens da manutenção trabalhando no elevador, sem pressa nenhuma, ao passar pela recepção, não se deu ao trabalho de olhar para a recepcionista, que se sentiu chateada por causa disso, afinal ela fizera menção de falar com ele.
Para espairecer, José foi ao bar costumeiro e ao chegar lá, deparou-se com um aviso “Fechado por motivo de luto”, ficou muito nervoso e pegou um ônibus para ir para casa.
Na segunda-feira, o elevador já estava pronto e as portas estavam abertas, na hora da saída, a recepcionista se recusou a falar com José, pois era orgulhosa, que quando perguntou o motivo da recusa foi surpreendido com um palavrão, ficou chateado, nunca ouvira tamanha ofensa daquela mulher que ele faltou com educação apenas uma vez.
Foi ao bar, na segunda-feira mesmo, pois estava com os nervos à flor da pele, e foi expulso por um desentendimento com o dono do bar, que não estava disposto a ouvir José falando mal da vida, da recepcionista, do elevador, da manutenção e do luto.
José acabou perdendo a paciência habitual, os amigos do dia-a-dia, as chaves do carro e a compostura. Virara um homem anti-social.
5 comentários:
Putz Pietrão!
Dá mesmo pra conscientizar com o texto, apenas um dia, FODERIA a semana toda? O Mês, O ANO?
Bom texto, continue sempre nos presenteando.
Ah, cara...o texto que eu achei massa demais foi o da "Moeda" lembra? A moeda de 1 real....hahahahahahaha
Abraço mlq!
HUhusauhsuhasuhauhsa
O da moeda era bom, valeu
Iche, "estourou" o texto ae, Pietrão! Hahhahahah!!!
Esse é massa também, já o havia lido!
Grande abraço!
Opa,
um dia ruim, arrebenta,
mas um dia bom a gente não esquece,
apesar da raridade,
ótimo texto,
abração,
Ai, credo! Se um dia ruim fosse suficiente pra ferrar com a minha vida eu já teria era me matado...
Uahuahauhauahuah!!!
Gostei da reflexão!!! Parabéns!!!
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