sexta-feira, 29 de abril de 2011

Apanhador de Almas, o cavaleiro das assombrações!

Catarina andava inquieta, com pensamentos turvos. Pensava por que Odorico a tratava daquela forma? Não era merecedora de tal abandono. Logo ela que foi prova de todo amor que existia.

Ela estava decidida a tomar uma atitude quanto aquilo tudo. Queria aquele amor, necessitava daquele sentimento, queria o que achava mais sagrado, a companhia de Odorico.

Fora a farmácia decidida, lá chegando pediu diversos medicamentos, já virara clichê em sua sina. De toda a forma, queria chamar a atenção de Odorico, sentia que sua obsessão por Odorico era maior que sua própria vida, precisava provar isso a ele.

Sua cabeça estava a mil, pensamentos do qual era cinza, pretos em papel machê. Obscuros em fosco pálido. Clássico de quem ama, era o que pensava Catarina.

Não achava justo carregar o preço de ser apenas vitima, queria que seu amor sentisse o peso de sua dor. Sua atitude drástica mostraria a Odorico que ele era culpado, julgado e punido de tal atitute.

Com um copo d’agua, fez a primeira tentativa. Queria que fosse dramático, como se as cortinas do teatro se abrissem no ato, nesta ação ela calma como uma protagonista experiente, mostraria ao publico a dor que exigia tal cena.

Na segunda tentativa, uma dor a apavorou. Parecia que um sino gigantesco badalara em sua cabeça, um arrepio e logo após um enjoo. Largou as capsulas que encontravam em sua mão indo em direção ao chão. Sentiu uma imensa vontade de desmaiar, sem perceber a presença de dois vultos escuros ao seu redor.

- O que está acontecendo, ela não vai tomar?

- Não sei o que houve. O que você fez? Anda, temos muito que fazer, nossa vingança com essa daí só está começando. O que você fez!

- Eu não fiz nada...

Antes de terminar a retórica, um terceiro vulto apareceu. Uma enorme sombra, em sua volta fogo vivo. Labaredas enormes avançando sobre os dois primeiros vultos.

- O que é isso, quem é você? Você não pode estragar tudo! O que é você?

Catarina não percebia o que acontecia. Aquilo tudo para ela era invisível, como que por encanto. Poucos detinham de tal dom. Aquilo acontecia em outra dimensão e Catarina estava longe de ficar sabendo tal fato.

Tal sombra se parecia pavorosa. Como se queimasse todo aquele ambiente e os primeiros que encontravam lá pareciam apavorados.

- Vocês! Não merecem Divindade, levarei vocês para profundezas onde a submissão de vocês, será apenas o começo de suas desgraças. Vim buscar lhes!

De imediato, uma luz clara forte se fez presente e dela surgiu Joé.

- Sebastian, você sabe de seu erro. O livre arbítrio pertence a você e só a você.

-Joé, estou farto destas alegorias. Presenciei demais para tentar intender o poder na benevolência Divina. Eu sou a cura e nada mais pode me deter neste momento!

Sebastian fizera Joé e toda luz que se encontrava naquele ambiente, tornar-se apenas uma gigantesca cratera e por essa cratera, enviou as duas sombras já paralisadas.

Logo após, se encontraram em um lugar escuro, iluminada por uma luz sem direção de cor purpura onde outros se encontravam acorrentados por um anel brilhante. Sentindo a presença de novos “habitantes”, nada falaram. O Silêncio às vezes era rasgado por gritos e gemidos.

-Meu nome é Sebastian e aqui é onde irão ficar. Sua vingança alcançou diversas vidas de sofrimento e agora é a hora da reparação!

Dos que se encontravam ali, não havia chance de explicação. O único sentimento era tristeza profunda. Ali a energia que se instaurava não se cabia em nenhum coração oprimido, era o piro sentimento que poderia existir.

A sombra de Sebastian, agora começava a reluzir uma luz tão forte a ponto de cegar os novos visitantes que ali, se tornariam moribundos.

Sebastian, em sua busca por espíritos obsessores, ou almas obscuras deixava um rastro por onde passava, desse rastro, iriam seguir as piores espécies que se encontravam naquela ou em dimensões piores. Isso era o que queria. Dali, todos o conheciam como O Apanhador de Almas. Era o cavaleiro das trevas não tinha um cavalo, mas a alma obscura e a essência de seres da pior estirpe.

4 comentários:

Ciro disse...

Está tomando rumo que estou gostando.

Cirinho das Trevas disse...

Cadê a continuação, caralho???

Pietro disse...

está muito bom mesmo, parabéns.

Bichinha letrada disse...

o correto é entendeu e não intendeu